sexta-feira, 20 de junho de 2008

Reconheça o Centro histórico da cidade através dos pontos em Negrito

Creditos de foto: Eduardo Siqueira
O Memorial da Cidade é o espaço de palcos reservados para shows, exposições, apresentações e palestras. O lugar é identificado pelo seu projeto arquitetônico futurista, tanto no formato, quanto no material, seu desenho faz alusão ao Pinheiro do Paraná. O Memorial foi criado em 1996.
Até 1737, Igreja Nossa Senhora do Terço. Posteriormente passou a se chamar Igreja da Ordem, pois fora adquirida pela Ordem Terceira de São Francisco de Chagas. Com a situação da Catedral demolida, em 1880 foi necessária a restauração da igreja da ordem, pois fora anunciada a vinda de D. Pedro II a Curitiba. Há menos de uma semana antes da chegada do imperador e sua comitiva, a igreja estava pronto. Anexo à igreja está o Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba, inaugurada em 1981.
Subindo um pouco mais pela rua de paralelepípedos é possível ver de onde sai a imensa torre. É a Igreja Presbiteriana, que ficou pronta em 14 de abril de 1935. A construção marca a época da divisão da Igreja Presbiteriana tradicional ocorrida no Brasil em 1903. Projetada e construída no estilo Neoclássico, é a primeira das quatro Presbiterianas independentes de Curitiba.
Ao lado da igreja está a Fundação Cultural de Curitiba. A construção já foi moradia de famílias importantes de se lembrar. Entre elas a Joaquim Monteiro de Carvalho, integrante da junta governativa do Estado até 1892 e a família Bianchi, que lá permaneceu no período de 1914 a 1956. Em 1887 era sede do Corpo da Polícia. Foi sede do quartel-general dos revolucionários na em 1893 até o ano de 95 do mesmo século. A fundação só tornou-se o que é hoje após a aquisição e restauração por parte do município de Curitiba em 1974.
E tem mais uma igreja. Não há registros sobre a data de construção desta, mas presume-se que a Igreja de Nossa Senhora do Rosário tenha sido edificada no período que vai desde o lançamento da pedra fundamental da Igreja da Ordem, em 1737 até 1762. A igreja do Rosário funcionou como Matriz no período 1876 a 1893. Até 1880 a igreja era a única opção dos aristocratas e escravos que foram obrigados a rezar juntos, por conta da demolição da antiga catedral. Isso foi até o ano de 1880 quando a Igreja da Ordem teve de ser restaurada por conta da visita do Imperador.
O Relógio das Flores foi um presente da extinta relojoaria M. Rosenmann. Com quatro metros de raio foi inaugurado em 1972. Opera com informações de um relógio-comando, que está instalado na igreja do Rosário. Junto com a casa de máquinas, está um reservatório de água com capacidade para 1000 litros. Sempre que as luzes se apagam, o sistema aciona uma bomba elétrica automática que irriga as flores.
A Sociedade Garibaldi surgiu como entidade de auxílio aos imigrantes vindos da Itália, foi ocupada pelo governo em 1942, durante a 2ª Guerra Mundial. A Guerra motivou os populares a depredarem tudo e qualquer coisa que estivesse ligado à Alemanha e à Itália. Com isso, foram perdidos documentos, móveis e quadros. Após ser sede do TJ e do TER, foi restaurado em 1996.
No alto do São Francisco está a Praça João Cândido, nome de rebatizmo em homenagem ao ex-presidente do Estado. Tivera por nome, Praça do Observatório, devido à proporcionar visão privilegiada das lutas ocorridas na Revolução Federalista em 1893. Ao lado da praça está o Museu de Arte do Paraná.
As Ruínas de São Francisco são as que mais provocam dúvidas e polêmica. As obras nunca foram concluídas e o que deveria ser uma igreja, tornou-se um cerco de lendas. Muitas estão ligadas a fantasmas e a constantes mortes de operários da obra além da falta de material. Uma das lendas diz que o assassino seria um índio fantasma que estaria protegendo o local sagrado, isto se deve a descoberta de um cemitério indígena no local. As ruínas no alto do São Francisco são o único imóvel inacabado tombado pelo Patrimônio Estadual.
O Belverde foi inaugurado em 1915 e foi construído para oferecer a população um lugar para tomar café. Em 1922 foi sede da primeira emissora de rádio do Paraná e a 2ª do Brasil, a rádio PRB-2. Depois de 9 anos virou observatório astronômico e meteorológico.

Fundada em 1883, a Sociedade Beneficiente Protetora dos operários tinha o objetivo de amparar e mobilizar os operários. É pauco de inúmeras passeatas que reuniam milhares de pessoas dentre os anos 60 e 80. Ganhou fama pelos desfiles Gays durnte o carnaval. Após um incêncio em 2000, teve sua estrutura restaurada.
O ponto mais utilizado hoje é a Galeria Júlio Moreira. Sob a travessa Nestor de Castro, protege quem precisa atravessá-la.Além dos pequenos comérios, ali embaixo está o Teatro universitário de Curitiba, solicitação dos jovens atendida e com a obra terminada em setembro de 1976.
A Casa Vermelha na verdade era cinza, ganhou este nome quando foi pintada com uma forte tinta vermelha que chamava muito a atenção de quem passava pelo local. A casa é um vestígio da época em que havia casas de ferragem na cidade, fora uma delas até o ano de 1993, ano em que encerrou as atividades e que a prefeitura incorporou ela ao patrimônio. Neste ano foi o presente de Curitiba, que fazia 300 anos e teve a casa como brigo de uma exposição homenageando o aniversário.
O Largo da Ordem já foi o pátio de comércio dos colonos e imigrantes que produziam e traziam os produtos ao centro da cidade. No local havia um chafariz, bem no centro, mas que com a instalação foi demolido. No lugar foi feito um bebedouro, que teve alterações no formato. O largo abriga uma bela história de casarões e e espaços cultural e comercial.
A Casa Romário Martins é considerada a mais antiga de Curitiba, ainda com traços da colônia portuguesa. O nome é uma homenagem de um historiador curitibano, cujo primeiro nome é Alfredo, foi ele o responsável pela criação oficial da data em que comemora-se o aniversário da cidade, 29 de Março.
Marlon César

Lembranças do Largo

O Largo da Ordem esconde uma face sombria. Nas madrugadas, em qualquer dia da semana, viciados se reúnem para o consumo de drogas. Esta história se repete há muitos anos.

"Eu saía de casa e passava quatro, cinco dias fora de casa. Dormia nos bancos ou na grama".Este é o depoimento de Vilma Ferreira Leite, 42 anos, que no início dos anos 80 passava dias perambulando pelo Largo com um grupo de viciados. "Na época tinha um lugar de rock chamado Operário. Lá eu começava a usar drogas, geralmente na sexta à noite, só parava na segunda". Ela conta que já viu muita coisa no lugar, como pessoas tendo crises pelo excesso de uso de drogas, jovens apanhando de seus pais quando encontrados, pessoas fazendo suas necessidades fisiológicas ali mesmo, na rua. "Não foi uma boa época pra mim. Não guardo boas lembranças deste lugar. Algo de bom pode ter acontecido ali naquela época, mas não comigo". Hoje Vilma parou de usar drogas. Constituiu família e procura não relembrar o passado.



Histórias como essas não são difíceis de encontrar. O Largo é um local tradicional para o encontro de estudantes, professores, estudiosos e pessoas de todos as tribos, porém, também reúne viciados e moradores de rua e acaba sendo conhecido por muitas pessoas como Largo da Desordem.

Apesar dos pesares, nossa persongem Vilma, quando indagada sobre o que pensa do local responde com um sorriso: "Não foi bom pra mim naquela época, mas a culpa foi minha. Eu acho o Largo da Ordem um lugar lindo, com várias atrações culturais. Até a noite de lá é atraente, para quem sabe aproveitar".

Jaquelyne Carlin

Ruínas de São Francisco palco a céu aberto




Créditos das fotos: Sonner Machado
Não é de hoje que o famoso escadão se tornou um espaço para a cultura no Largo da Ordem conhecido com as Ruínas de São Francisco. Nas agendas culturais de Curitiba o palco aparece de tomas as páginas dos jornais, revistas e site. O festival de Teatro de Curitiba sempre apresenta peças para o público neste local. Ultimamente este espaço anda sempre utilizado pelos adeptos da cultura Hip Hop. O evento Expresso da Rima funciona o último domingo de cada mês. Já a ter em média quase 800 pessoas por evento. Segundo o organizador Will Capa Preta o evento está sendo realizado mais ou menos a um ano “Cada vez que tem o Expresso da Rima está vindo mais gente daqui uns dias teremos que usar outro espaço, se continuar a vir nesta proporção de pessoas.”
O evento é gratuito e segundo Will já que a prefeitura não faz nada para a juventude da cidade alguém tem que fazer. Ele faz parte da Ong Frente Revolucionárias da Favelas , possui um blog na internet chamado FrenteFavelas. Quando possui tempo faz a postagem no Blog. A idéia da FRF é se organizar, só assim a revolução irá começar.
Para participar do evento basta entregar em contato com o pessoal da organização com o tempo o seu grupo será chamado para tocar. O Expresso da Rima é todo o último domingo de cada mês e começa as 14:00 min. Embaixo da escada funciona mais uma das galeria de artes que existem no Largo da Ordem o funcionamento segue o horário da feira. Nos finais de semana e dia de semana começas a 9:00 indo até as 11:30 retornando as 14:00 ás 17:30 min.
Eduardo Siqueira

Igreja dos Negros





Crédito de fotos: Eduardo Siqueira
Já ouvi está história contada por alguns militantes do movimento Hip Hop que a igreja do lado do Cavalo babão foi construída pelos negros. Porque os negros não podiam freqüentar a catedral e nem a igreja do lado do Bebedouro, para não manchar a imagem do Largo. Procurei em diversos livros alguma coisa que contava algo do gênero, mais foi em vão, fiz uma grande pesquisa até na Casa da Memória mais também não foi encontrada nada. Quando pisei na igreja vi uma matéria que sai agora recente na Gazeta do Povo e não é mentira a história ela é real. Deixei o mesmo titulo para quem quiser procurar e ler a matéria basta colocar no site do jornal e vai na busca e digite o mesmo título da matéria do blog. Lá encontrará algumas fotos antigas do da famosa Igreja de Nossa Senhora do Rocio. A matéria do jornal foi assinada pelo jornalista Cid Destefani no dia 1805/2008.
Foram mesmo os negros que construíram a igreja não só essa como as outras três igrejas a Catedral e a Igreja da Ordem. A igreja que os escravos freqüentavam era antigamente a chamada Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Os freqüentadores foram mudando conforme o tempo e o que permanece na Igreja ainda é a Santa. Essa foi a segunda igreja construída na cidade também. Após a presença dos polacos no começo de 1904 o então Monsenhor Celso Itiberê assume o cargo de vigário-geral da Diocese de Curitiba em 1909 onde permaneceu até 1930.Ele foi responsável pela construção da Igreja do Rosário. No seu interior têm os restos mortais do Monsenhor. Celso. Na frente da foi colocado um busto. Que nos anos 90 foi retirado para colocar hoje a famosa estatua do Cavalo Babão. Na época o povo não gostou muito da mudança.
Eduardo Siqueira

Anos 90 os jovens começam a freqüentar os bares do Largo da Ordem

Fotos por André Corradini (Pássaro Aka Bird)


A cidade ia crescendo aos poucos, nos anos 90 Curitiba não chegava nem a 500 mil habitantes. Não tinha muitas opções de lazer dentro cidade o curitibano contava nos dedos as opções existiam nesta época, que eram; o Parque Barigui, Shopping Mueller, Passeio público. O prefeito de 89 estava começando a fazer o seu planejamento dentro da cidade então lazer era super-limitado. Mas o famoso Largo da Ordem começava a se tornar o principal “point” dos jovens. O problema eram os moradores da região que não gostaram nenhum pouco da presença dos jovens. Foram publicadas várias matérias a respeito das bagunças promovidas pela juventude. Guilherme Artigas estudante conta como era o Largo nos anos 90: “Tinham bares um do lado do outro, na parte de cima do largo ali o Tubas é do lado do Fire Fox que até hoje esta no mesmo lugar”.
“Onde funcionou por muito tempo a academia do famoso mestre Noguchi( academia conceituada de Muai Thay) Mas ante de se tornar o maior celeiro de Muai Thay dentro da cidade era um bar e dos bons o Bar se chamava Amnésia.”
Guilherme também lembra muito das brigas que sempre rolava esse também era o motivo que os moradores não gostavam da presença maciça dos jovens no ponto histórico de Curitiba.
“O que rolava era que não eram raros o desentendimento e a pancadaria entre punks do Tubas e playboy do Amnésia. Essa diferença de classe social e de idéias era muito gritante e de estilos um do lado do outro.
“Não posso deixar de mencionar o famoso Circus que funcionava lá em baixão praticamente no começo do Largo da Ordem hoje na Rua São Francisco.”
Os estilos diferenciados também era presença visível dentro do Local. “Tinha muitos e como tinha os metaleiros dominaram depois velho”.
O Circus era o principal reduto underground da cidade
Skatistas, punks, roqueiros, moderninhos todos os estilos que se integravam no chamado underground se juntavam ali menos a playboyzada que naquela época usava blazer. Os caras com 15 anos de idade usavam blazer e gel no cabelo.
Ae tinha o Saci ali, que era MPB e é até hoje (é bem no meio ali do largo).
Do lado dele teve um bar dos punks e dos doidões o Bills que era o lugar mais malvado do Centro. Tinha o Hangar também o bar dos roqueiros cabeludos meio have metal
era na mais pro lado da Muricy bem lá em baixo. As brigas rolavam mesmo porque os playboy era tudo almofadinhas os caras se achavam pra caralho, tudo empetecado e os punks não gostavam disso então imagina o que rolava quando se encontrava e um queria ser mais que outro, nem preciso terminar né? Hoje a Chute Boxe tem nome fora do país com atletas de grande respeito, mas no Largo os cara gostavam de mostrar suas artes, este é um dos motivos que o curitibano demorou pra aceitar e reconhecer o trabalho hoje sério desta equipe de vale-tudo. Na época batiam o cartão lá e também as porradas várias mesmo.
Basicamente era isso o Largo. Os jovens iam chegando aos poucos para pesadelos dos moradores, as casas noturnas foram se instalando no local. A presença de carros também era forte, o som ficava no último volume. Na época o Detran na era tão rigoroso como é nos dias hoje. Com o tempo os moradores foram se deslocando da região, para conseguir ter sossego. Como o tempo á violência foi tomando o local e hoje a prefeitura atual na mão do então prefeito de Curitiba Beto Richa está tentando restaurar todo o Largo e retirar a imagem negativa que o lugar está tendo pelo grande aumento de prostituição e tráfego de drogas também. Os comerciantes reclamam que se houvesse mais segurança teriam mais clientes e as vendas aumentariam.
Eduardo Siqueira

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Feirinha do Largo

No início da década de 70 a feira idealizada por alguns poucos artistas da cidade e originalmente instalada na praça Zacarias, foi transferida para o Largo da Ordem. A feira era conhecida, porém, ainda estava por alcançar umagrande representação e reconhecimento na cidade de Curitiba.O planejado era que a feirinha fosse do Largo à Praça Garibaldi, mas em 1997 já havia se expandido todo o percurso da Rua Barão do Cerro Azul até a Rua Nestor de Castro, e já ocupava parte das ruas Mateus Leme e 13 de maio. Foi aí quede "feirinha" ela passou a ter apenas o nome.


Hoje a feira conta com mais de 700 artesãos autorizados, sendo que 70%deles vivem exclusivamente da renda destes domingos.Conhecida no início como "Mercado das Pulgas", hoje a Feirinha é um dos orgulhos do povo curitibano. É uma parte dacidade conhecida como o "rebuliço cultural", na verdade, todo o Largo da Ordem é conhecido assim. Ali, alunos daEscolhinha de Arte do Colégio Estadual do Paraná montaram um atelier, os alunos de jornalismo da UFPR distribuem seu jornal mimeografado.

A população possui um carinho especial tão grande pela Feirinha, que em 91, quando o vereador Doático Santos tentouaprovar um projeto que vetava o evento, uma mobilização, liderada pela Associação de Artesãos de Curitiba, impediuque o projeto vingasse.Além dos produtos artesanais que são contemplados e comprados, também existem diversos músicos que se apresentam na feira como os grupos de choros e os conjuntos latino-americanos. A gastronomia também está presente, em diversasbarracas com comidas tipicamente brasileira.

A Feirinha funciona todos os domingos das 09:00 às 14:00 horas. Garantimos que este "rebuliço cultural" vai te encantar.


Jaquelyne Carlin

NARDO, O CAIPIRA - Estátua Viva no Largo da Ordem - Curitiba

No Largo da Ordem encontramos muitos artistas, e o que mais o público observa são as estátuas vivas. Veja o Nardo,O caipira pelo vídeo do youtube.

Caio de Alencar Coelho

Formando um povo

Engana-se quem pensa que o Largo da Ordem resume-se apenas em bares, botecos, góticos e hippies. (O espaço da diversão em bares será tratado pelo colega de blog Eduardo) O lugar é considerado um verdadeiro refúgio cultural, e é um importante ponto turístico da cidade de Curitiba para outros brasileiros, ou até mesmo estrangeiros, que aprendem sobre a mais importante cidade do Sul do Brasil, cidade que muitas vezes, foi um refúgio para os mesmos em épocas de conflitos no velho continente, pelo menos, é o que pensa esse paulistano que aqui escreve.
O Largo da Ordem é uma mistura estrangeira, encontramos várias culturas de países europeus que se ligam as africanas. Será que é possível unirmos a tradição alemã e polonesa? Passe no Largo da Ordem que lá você encontra! Também há várias construções típicas de nossa pátria mãe Portugal, e é claro traços da cultura africana, que muito ajudou a construir o Brasil de hoje. No Largo da Ordem é comum observarmos galerias de arte, sebos, monumentos com arquitetura arrojada, bares, espaço para exposições e artesanato dividirem o mesmo espaço! Em Curitiba, podemos dizer que todas as culturas da Europa ligadas às africanas estão presentes, elas se fundem e formam esse maravilhoso povo, o curitibano, que muitos dizem ser “frio”, mas que conseguindo sua confiança e amizade, nunca o abandonam. Talvez o Largo da Ordem explique aos não curitibanos o verdadeiro jeito de ser do povo de Curitiba.
Problemas do Largo da Ordem
Mesmo acolhendo democraticamente diferentes “tribos” nem tudo são maravilhas no berço da capital paranaense. O Largo da Ordem sofre com a precariedade da segurança, pichações e abandono das construções mais antigas. Infelizmente o tráfico de drogas e a violência destroem um pouco esse importante pedaço da história do Brasil e a polícia do Paraná como no resto do país não está preparada para contornar o assunto.
Artesanato
Além de descontração e entretenimento, o Largo também é o ganha pão de muitas pessoas que dependem dos trabalhos alternativos, como o artesanato. Com as habilidades artesanais garantem a renda para sustento da família.
É dessa mistura de arte, antiguidade e bares que descontraí e oferece oportunidades, que só o Largo da Ordem proporciona em Curitiba.
Caio de Alencar

Casa da Memória






CRÉDITO DE FOTOS :EDUARDO SIQUEIRA


Quando foi escolhido o lugar que deveríamos fazer sobre o Projeto Interdisciplinar, pensei comigo não vai ser difícil fazer irá ser baba fazer o trabalho. Após alguns contatos tive a oportunidade de conhecer a Casa da Memória. Chegando ao Largo da Ordem e analisando o que deveria fazer para coletar informações e produzir uma bela matéria jornalística neste local. Deparei-me com uma realidade não sei nada deste local. Por ser natural de Curitiba tenho 26 anos, conheço a cidade de ponta-a-ponta, parte rica, parte pobre. Conheço vários o porque de diversos nomes nas ruas da cidade. Fiquei com vergonha da minha pessoa. Mas posso corrigir o erro. Fiz uma bela sessão de fotos. E vou contar um pouco da história até a presente data.
Após uma pesquisa na magnífica Casa da Memória que esta localizada no começo do Largo da Ordem. É um conjunto arquitetônico formado por duas edificações ali tem a Casa Piekarz, que é a unidade histórica de preservação. A casa foi erguida em 1910. Hoje dentro da casa concentram-se a conservação e processamento técnico de acervos históricos e artísticos, pesquisa histórica e biblioteca especializada em história do Paraná e de Curitiba, catalogações, indexações e preparo físico de acervo bibliográfico e áudio visual. Também funciona a Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Cultural de Curitiba junto com a Casa da Memória. Funciona de segunda á sexta a partir 09h00min á 11h30min período da manhã e 14h00min ás 17h30min no período da tarde. Fica no endereço: Rua São Francisco, 319 informações também por telefone (41) 3321-3230. O espaço foi aberto em 1981, ali coletei informações importantes para deixar o blog com bom contexto histórico, muito interessante. Existe uma sala com livros raros que não é encontrado em nenhum lugar. Os livros das bibliotecas são somente para consulta interna, nenhum pode ser levado para casa. Para fazer as consultas bastas aparecer no local e nos horários que estão no texto, fui muito bem atendido na Casa da Memória. E tirei algumas fotos do local para matar a curiosidade da galera.

Eduardo Siqueira

Catedral Basílica Menor de Curitiba

Teodoro de Bona

Para aqueles que assistiram com atenção as imagens da feira do Largo da Ordem, puderam observar imagens da principal Igreja de Curitiba, que fica na Praça Tiradentes. O Santuário é considerado por historiadores como o berço histórico da capital do Paraná. Reza a lenda, que a cidade nasceu onde exatamente fica a Catedral Basílica Menor, quando o cacique Tindiqüera escolheu o local para que os primeiros habitantes da cidade recém fundada, construíssem casas para viver. Antes desse acontecimento, os não-índios viviam acampados as margens do rio Atuba, atual Bairro Alto.
Carlos Gomes O local mudou de nome por três vezes. Primeiro era chamado de Largo da Matriz, mas com a visita da família imperial em 1880, passou a se chamar Largo Dom Pedro II.
Com a queda do império e a entrada do regime republicano do Marechal Floriano Peixoto, os curitibanos resolvem mudar o nome do lugar para Praça Tiradentes, em 1889.
A utilização do nome do herói Tiradentes, faz com que a praça vire um local onde mais se encontra estátuas de personagens históricos do Brasil.
No começo do século XVIII a cidade de Curitiba não tinha uma Igreja pomposa como as de outra cidades do Brasil. A catedral Basílica Menor de Curitiba que conhecemos hoje, era na época uma pequena capela de madeira muito freqüentada por imigrantes poloneses. Mas em 1715, autoridades curitibanas resolveram eleva-la à primeira Igreja Matriz
da cidade. A atual Igreja foi reconstruída e inaugurada em 1893 em estilo neo-gótico e inspirada na Sé de Barcelona, que hoje não existe mais, portanto, a Catedral curitibana é a única no mundo que segue os traços do antigo Santuário Catalão, que foi demolido em 1875. 18 anos mais tarde a Catedral Basílica Menor de Curitiba estava pronta.

Caio de Alencar

Curitiba - Feirinha do Largo

Mais vídeos do Largo da Ordem.

Feira de Artesanato do Largo da Ordem - Curitiba

Aí vai um vídeo do youtube para os curiosos que ainda não conhecem a feira de Artesanato do Largo da Ordem em Curitiba - PR

Caio de Alencar Coelho

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Largo da Ordem: Breve histórico

Paul Garfunkel
O bairro de São Francisco em Curitiba, passou por várias transformações. Desde o ano de 1752 com a transferência da igreja localizada no antigo Pátio de Nossa Senhora do Terço aos franciscanos, o local foi renomeado mais três vezes.
Com a mudança do santuário, o curitibano passou a chamar o lugar de Pátio de São Francisco das Chagas. 112 anos mais tarde, outra mudança! Em 1860 era conhecida como Largo da Ordem Terceira de São Francisco, e mais adiante no tempo à tradição popular curitibana encurtou o nome do local para Largo da Ordem. Prefeitura
Delimitação
Em 1971 o bairro de São Francisco delimitou o conjunto de edificações mais antigas de Curitiba. Nas imediações estão; a Casa Romário Martins, construída no século XVIII, a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco do ano de 1737, a Casa Vermelha, de origem alemã, e construções da segunda metade do século XIX, que postaremos mais adiante no blog.
Falar do bairro de São Francisco em Curitiba sem mencionar o Largo da Ordem é um insulto para o curitibano. O nome oficial do local é Largo Coronel Enéas, em homenagem ao coronel Benedito Enéas de Paula, essa última mudança de nome ocorreu em 1917 e perdura até hoje.
Caio de Alencar

terça-feira, 17 de junho de 2008

Feira de Artesanato do Largo precisa de reestruturação

Jorge Martins
O Largo da Ordem, patrimônio histórico da cidade de Curitiba e do Paraná, necessita urgente de um estudo para rever os espaços destinados aos feirantes e aos freqüentadores da Feira de Arte e Artesanato, a popular "feirinha". Criada há mais de 30 anos, e com cerca de 35 mil visitantes aos domingos, percebe-se que a feira está com a capacidade esgotada quando se fala de espaço para circulação de pessoas.
As reclamações são várias, desde feirantes até turistas de outros estados. "Adoro vir aqui aos domingos, principalmente se tiver sol. Gosto das pessoas circulando, das novidades e dos produtos expostos, mas quando procuro algo específico fico horas circulando para ver se encontro. Isso é ruim, porque tem muita gente passando e, às vezes, ficamos "prensados" uns nos outros. Bem que podia ter mais espaço aqui e, também, algumas indicações de onde encontramos o que queremos", diz a estudante Carina Spiler, vinda de Santa Catarina, que pela terceira vez passeava pelo Largo. Ela se refere à dificuldade que teve em procurar, por exemplo, bibelôs em entalhes de madeira. Disse que circulou por muito tempo e sό foi achar a peça que procurava no final do Alto São Francisco. "Se houvessem setas de sinalizações seria mais fácil", sugere.
Mas não é só os turistas que reclamam. Também os feirantes se sentem prejudicados com o pouco espaço destinado a eles para expor as mercadorias. "A feira cresceu muito. Não conseguimos mais mostrar tudo o que produzimos para os visitantes. Temos que nos adaptar e deixar tudo meio bagunçado para que as pessoas vejam pelo menos um pouco de nosso artesanato", conta dona Madalena, que vende panos de prato bordados.
Além da Feira de Artesanato, o Largo possui outras atrações turísticas – como o Memorial Histórico de Curitiba, que até a semana passada estava com o primeiro andar interditado, pois passava por reformas – aumentando o movimento de pessoas e fazendo com que os visitantes se esbarrem uns nos outros e, não raras vezes, se olhem enfezados a cada encontrão.
Uma medida simples, porém de grande valia, pode ser a divisão do espaço em quadras e por grupos de mercadorias: roupas em uma quadra, pinturas e quadros noutra, bijuterias mais adiante, e assim sucessivamente. Isto, é claro, com todas as áreas demarcadas com setas de sinalizações indicando onde está o objeto que o visitante procura. Além disso, podem ser utilizados panfletos, que já são distribuídos no local, com a inclusão de mapinhas indicando onde estão os grupos de mercadorias.
É necessário que a Prefeitura de Curitiba, órgão fiscalizador daquele espaço, tome as medidas cabíveis para que o Largo da Ordem e a Feira de Artesanato dêem maior conforto tanto aos moradores da cidade quanto aos turistas, pois todos são a razão de existir dos espaços culturais e patrimoniais da capital do Estado do Paraná.

Jorge Martins

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Artesanato no Largo esconde problemas

Jorge Martins
Indígenas que expõem seus produtos na "feirinha" revelam que são discriminados e que é difícil vender suas mercadorias

A Feira de Artesanato do Largo da Ordem, em Curitiba, teve início há 37 anos na Praça Zacarias. O que seria apenas um modo de vida, tornou-se um meio de sustento da maioria de seus expositores. Tendo passado pela Praça Tiradentes e atualmente instalada no Largo da Ordem e Alto do São Francisco, a feirinha recebe cerca de 15 mil pessoas por domingo.
Oriundos de todas as classes sociais os feirantes têm todo tipo de mercadorias, desde calçados, roupas, eletroeletrônicos, frutas, doces, salgados e, "inclusive", artesanato, razão de existir da feira.
O vice-cacique dos caingangues Alcino de Almeida, 51 anos, 8 filhos, da tribo nonoai, disse que sua família comercializa seus produtos desde 1973, quando ainda estavam na Praça Zacarias. "Nós produzimos nossas mercadorias na aldeia e depois trazemos pra cá para vender. Produzimos elas à mão: os colares, os brincos de ossos e anéis. Não compramos nada. Fabricamos nossos próprios produtos", diz Almeida.
A aldeia kakanãporã, onde moram, está localizada na Rua Comendador Franco, Uberaba, e conta com 35 famílias da tribo nonoai, oriunda do Rio Grande do Sul, informa o vice-cacique.
Almeida revela que sempre foram discriminados pelos feirantes e perseguidos pela polícia, devido à sua origem indígena. "Muitas vezes perdemos todas nossas mercadorias para os fiscais da Prefeitura e para a polícia, pois os feirantes diziam que nós não podíamos expor nossos produtos aqui na feira", revela Almeida.
Conta que as condições na aldeia onde moram são péssimas, falta de tudo, pois não tem infra-estrutura. Os índios vivem de poucas doações, mas não querem somente isso. Querem independência e trabalhar pelo próprio sustento. "A Prefeitura está nos devolvendo umas terras ali no Tatuquara. Diz que vai fazer 35 casas para nossas famílias da aldeia e entregar para nós", conta o vice-cacique. Almeida usa a palavra devolução referindo-se ao fato de que as terras já eram dos indígenas e que o município não está fazendo "doação", como divulga, e sim devolvendo.
Atualmente, os índios e seus descendentes conseguiram um espaço um pouco maior no Largo da Ordem, mas eles querem mais. "Melhorou bastante, mas gostaríamos que fosse nossas mercadorias fossem mais divulgadas, pois somos nós que fazemos, com nossas próprias mãos, e depois trazemos para cá”, conta Setembrino, 48 anos, integrante de uma das famílias dos caingangues.
O espaço que ora ocupam na feirinha já vem sendo reivindicada há mais de 3 anos e somente agora é que foi oficializada pelo município de Curitiba. "Agora não tem mais perigo dos outros feirantes virem até aqui e mandarem a gente sair. Nem da polícia vir nos tirar deste local e levar nossas mercadorias. Mas queremos ganhar nosso próprio pão. Aceitamos, mas não queremos doação. Acho que nós temos condições de nos sustentar. Só queremos um espaço para poder expor nossos produtos", reivindica Almeida.

Jorge Martins