terça-feira, 17 de junho de 2008

Feira de Artesanato do Largo precisa de reestruturação

Jorge Martins
O Largo da Ordem, patrimônio histórico da cidade de Curitiba e do Paraná, necessita urgente de um estudo para rever os espaços destinados aos feirantes e aos freqüentadores da Feira de Arte e Artesanato, a popular "feirinha". Criada há mais de 30 anos, e com cerca de 35 mil visitantes aos domingos, percebe-se que a feira está com a capacidade esgotada quando se fala de espaço para circulação de pessoas.
As reclamações são várias, desde feirantes até turistas de outros estados. "Adoro vir aqui aos domingos, principalmente se tiver sol. Gosto das pessoas circulando, das novidades e dos produtos expostos, mas quando procuro algo específico fico horas circulando para ver se encontro. Isso é ruim, porque tem muita gente passando e, às vezes, ficamos "prensados" uns nos outros. Bem que podia ter mais espaço aqui e, também, algumas indicações de onde encontramos o que queremos", diz a estudante Carina Spiler, vinda de Santa Catarina, que pela terceira vez passeava pelo Largo. Ela se refere à dificuldade que teve em procurar, por exemplo, bibelôs em entalhes de madeira. Disse que circulou por muito tempo e sό foi achar a peça que procurava no final do Alto São Francisco. "Se houvessem setas de sinalizações seria mais fácil", sugere.
Mas não é só os turistas que reclamam. Também os feirantes se sentem prejudicados com o pouco espaço destinado a eles para expor as mercadorias. "A feira cresceu muito. Não conseguimos mais mostrar tudo o que produzimos para os visitantes. Temos que nos adaptar e deixar tudo meio bagunçado para que as pessoas vejam pelo menos um pouco de nosso artesanato", conta dona Madalena, que vende panos de prato bordados.
Além da Feira de Artesanato, o Largo possui outras atrações turísticas – como o Memorial Histórico de Curitiba, que até a semana passada estava com o primeiro andar interditado, pois passava por reformas – aumentando o movimento de pessoas e fazendo com que os visitantes se esbarrem uns nos outros e, não raras vezes, se olhem enfezados a cada encontrão.
Uma medida simples, porém de grande valia, pode ser a divisão do espaço em quadras e por grupos de mercadorias: roupas em uma quadra, pinturas e quadros noutra, bijuterias mais adiante, e assim sucessivamente. Isto, é claro, com todas as áreas demarcadas com setas de sinalizações indicando onde está o objeto que o visitante procura. Além disso, podem ser utilizados panfletos, que já são distribuídos no local, com a inclusão de mapinhas indicando onde estão os grupos de mercadorias.
É necessário que a Prefeitura de Curitiba, órgão fiscalizador daquele espaço, tome as medidas cabíveis para que o Largo da Ordem e a Feira de Artesanato dêem maior conforto tanto aos moradores da cidade quanto aos turistas, pois todos são a razão de existir dos espaços culturais e patrimoniais da capital do Estado do Paraná.

Jorge Martins

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